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Estudos Especiais em I Coríntios preparados pelo Rev Silas Matos Pinto
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9º – FIRMADOS NA ROCHA

1 Coríntios 2.4,5 – “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus”.

Estamos vivendo um período em que a religiosidade do povo está à flor da pele. Homens, mulheres, jovens e adultos estão procurando algum tipo de orientação espiritual. Essa busca pelo sobrenatural tem feito com que muitas religiões novas surjam e cresçam rapidamente. Os novos religiosos são muito permissivos e muito pouco exigentes. Não desejam uma religião que regule o seu comportamento, pois querem ser livres. Não estão em busca de grandes discussões sobre teologia ou filosofia, pois não querem perder tempo ou encherem-se do conhecimento que para eles é inútil. Eles nem se preocupam com a origem da religião escolhida. O que importa, para eles, é a forma usada na cerimônia do culto, pois se esta os agradar eles se acomodam àquela religião por pouco ou por muito tempo. A sua permanência nesta religião pode durar até que uma outra religião lhes chame a atenção e eles migrem para ela ou que eles fiquem nas duas. Não há uma cobrança por fidelidade religiosa, pois todos podem ser de todas as religiões, separadamente ou em conjunto. O sincretismo religioso impera nos nossos dias.
O homem necessita de Deus. A busca pelo sobrenatural que tem sido notada na atualidade não procede do próprio homem, ela vem de Deus. Deus criou o homem e colocou em seu interior a necessidade de se ter um relacionamento íntimo com Ele. Com o pecado o homem se afastou de Deus. Como não podia encontrar-se e relacionar-se intimamente com Deus o homem passou a buscar algum outro tipo de manifestação religiosa que lhe preenchesse o vazio deixado por Deus. Essa busca permeia toda a história da humanidade. Na busca por suprir a falta de Deus criaram as mais diversas religiões, sejam elas lícitas ou ocultas. O homem busca ter a sua necessidade religiosa suprida de alguma forma, mesmo que essa forma não seja a busca por estar na presença de Deus, que é o maior interessado na religiosidade humana.
Os homens já adoraram o sol, a lua, as estrelas, anjos, demônios, animais e até outros homens, e mesmo assim não preencheram o vazio deixado por Deus. Já procuraram encontrar a solução do vazio de seus corações no ocultismo, na leitura de mãos, na leitura de cartas do tarô, na meditação transcendental e nas mais diversas formas de cultos e rituais e nada adiantou. Tentaram encontrar Deus em todos os lugares, seja no céu, na terra, no mar, nos animais, na natureza, nos astros, em objetos sagrados… e não encontraram. Passaram a buscá-lo dentro de si mesmos e a busca se tornou ainda mais inútil. Buscam Deus em todo lugar, só não buscam no único lugar onde o podem encontrar – Em Jesus Cristo. Por causa do desvio de direção, quanto mais os homens buscam novas religiões mais distantes ficam de Deus. Na busca por Deus eles se distanciam cada vez mais dele.
Não existem mais mártires. Hoje não é necessário que pessoas morram por suas convicções religiosas, salvo em alguns países onde o cristianismo é perseguido e alguns servos de Deus têm dado suas vidas como sacrifício por causa do zelo evangelístico. Fora isto, não é necessário sofrer pelo que se crê, e na maioria das vezes nem vale a pena. Não estou falando que não vale a pena morrer por Cristo, estou dizendo que as novas religiões são tão superficiais que os seus adeptos não se disporiam a sofrer qualquer tipo de privação ou perseguição por causa dela. Caso forem perseguidos mudam para outra religião, abandonam a antiga e o problema é resolvido. Isso acontece porque as religiões criadas pelos homens são desprovidas de verdade. São criadas com base na filosofia e loucura de alguns homens ou nas necessidades de outros. Não há base sólida para a fé de seus adeptos e por isso não há necessidade de se lutar por algo sem valor. Eles não sofreriam por aquilo que acreditam ser a verdade, pois lá no fundo eles mesmos sabem que o que acreditam não é a verdade.
Esse não é o caso do Cristianismo. Cremos num Deus vivo e verdadeiro que criou todas as coisas; o Deus que amou o homem e deu o seu próprio Filho para morrer em nosso lugar. Filho este que dividiu a história do mundo em A.C (Antes de Cristo) e D.C (Depois de Cristo). O Filho que veio para mudar o mundo e mudou. Que teve sua passagem entre os homens registrada pela história cristã e pela história secular. O Filho que deixou pegadas inapagáveis na humanidade e que marcou o mundo com o seu ensino, sua vida, morte e ressurreição e, ainda, deixou o mundo sob a expectativa de sua volta.
Cremos no Deus que tem todo poder. Que controla os maiores impérios da terra. Que humilhou o imperador Nabucodonosor e o fez viver como bicho até que o reconhecesse como o único Deus e Soberano; Deus que afundou o Faraó e seu exército no mar, mas mostrou que domina sobre a natureza e sobre os acontecimentos ao fazer mal aos egípcios e bem aos filhos de Israel. Esse é o Deus de quem dependemos e em quem firmamos nossa fé. Nossa fé é firmada na rocha de nossa salvação.
Nós temos uma religião que tem base sólida. Não cremos em suposições ou invenções humanas. Nossa religião não foi criada por homens para suprir a  sua necessidade básica de fé. Não cremos em invenções, pelo contrário, cremos em fatos acontecidos e em fatos que irão acontecer e nada pode impedir que aconteçam. Nossa fé tem um alicerce firme e inabalável. Nossa fé vem do céu, pois é dom de Deus. Nossa fé nasceu primeiro no propósito de Deus com o intento de nos salvar e depois ele mesmo a derramou em nossos corações para que fôssemos salvos. Por essa fé daríamos nossa vida e esse ato de sacrifício valeria a pena. O martírio não é necessário hoje, mas se fosse, creio que os verdadeiros cristãos não se furtariam a oferecerem sua própria vida pelo nome de Jesus Cristo, como os antigos cristãos fizeram no passado. Nossa fé é firmada no poder de Deus e por isso é que estamos tão seguros naquilo que acreditamos.


O tema
desse nosso estudo é AS BASES DE NOSSA FÉ. Paulo foi o evangelista que mais se preocupou com o doutrinamento dos crentes. Ele deixou treze cartas escritas para que a igreja pudesse tirar suas dúvidas a respeito de sua fé. Essas cartas têm um teor altamente teológico, contendo explicações detalhadas de toda ação divina rumo à salvação do homem; da responsabilidade do homem diante da salvação oferecida por Deus; do objetivo da ação divina em salvar homens e muitos outros aspectos essenciais para a manutenção e firmamento da fé de todos aqueles que se entregaram a Cristo e de outros que ainda vão passar por essa experiência maravilhosa.
Paulo mostrou, neste texto, duas bases onde os homens firmam sua fé: uma errada e outra certa. A primeira base para a fé, que o texto nos dá, é a que não pode ser a base de ninguém, ou seja, é a base errada: O CRISTÃO NÃO PODE TER COMO BASE DE SUA FÉ AS PALAVRAS BONITAS DE HOMENS SÁBIOS. Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria”.
Não existe nada mais agradável que ouvir um assunto interessante sendo ensinado por alguém que seja eloqüente e tenha bastante conhecimento sobre ele. Os ouvintes ficam arrebatados pelas belas palavras ditas pelo interlocutor a ponto de abrir seus corações para crer nas palavras distas com emoção e segurança. Uma aula realizada por um professor especialista no assunto e que transmite o ensino com eloquência dá aos alunos a certeza de poderem crer em suas palavras.
Nada de errado em ser eloqüente e usar belas palavras para aplicar o ensino, pelo contrário, todos os professores, pastores, mestres e todos os que ensinam qualquer coisa a alguém devem ter o cuidado de prepararem-se com responsabilidade para transmitir o assunto proposto. O ouvinte não é obrigado a ouvir lorotas e estorinhas do professor que procura enrolar a aula por não ter se preparado. O aluno tem o direito de aprender e os professores têm a obrigação de oferecer aos alunos o melhor que podem conseguir. É princípio bíblico para quem tem o ministério do ensino: “Aquele que ensina, esmere-se no fazê-lo”. Esmerar-se é dar o melhor. É se superar na tarefa de ensinar.
A história registra os grandes erros da humanidade ao seguir líderes eloqüentes, mas com más intenções. Os alemães mataram seis milhões de judeus porque foram influenciados por Hitler, que defendia com entusiasmo e autoridade as suas idéias erradas; Os islâmicos se matam (homens e mulheres bombas) em atentados terroristas porque seguem os ensinamentos de líderes fanáticos que usam a oratória e a emoção para induzir o povo ao terrorismo; Países são devastados quando soldados seguem as idéias de líderes das potências mundiais que se sentem perseguidos por outros países. Ter como base das suas atitudes as palavras de líderes arrebatadores em suas palavras pode levá-lo a destruição de sua vida e de outros.
Do mesmo modo como não podemos dar ouvidos às belas palavras de líderes apenas por serem eloqüentes, os cristãos também não podemos basear a sua fé nas palavras de pregadores, sem antes confirmá-las na Palavra de Deus. Pregamos contra a idolatria dos católicos por sabermos que as pequenas e grandes imagens a quem eles dirigem suas orações são inúteis e não lhes podem fazer mal ou bem. Corrigindo! Podem fazer mal, pois em vez de orarem a Deus, dirigem suas orações às imagens, ofendendo a Deus com essa atitude e atraindo a si o castigo divino. Mas, ao mesmo tempo que somos contra a idolatria dos outros, criamos nossos próprios ídolos. Temos alguns pregadores a quem escolhemos como guias espirituais. Seus livros e ensinos são propagados como verdade absoluta. Falamos deles, fazemos propaganda deles e até damos seus livros, fitas, CDs aos nossos amigos para que eles também ouçam o que o tão admirado homem fala.
Cuidado! Homens erram, mas Deus não. Não sigam a líderes terrenos. Já vi crentes verdadeiros se desanimar na fé por causa da queda de seus líderes. Hebreus 12.1,2, diz: “…Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus…”. Não sigam a homens e nem às suas idéias, mas sigam a Cristo, pois ele nunca te decepcionará.
O cuidado com as palavras sábias e a eloquência foi tomado por Áquila e Priscila, no capítulo 18 do livro de Atos. Ao ouvirem Apolo pregar, viram que ele era“homem eloqüente e poderoso nas escrituras” (v.24), mas lhe faltava algo. Então o tomaram consigo e “com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus”(v.26). A eloquência e sabedoria humana, desprovida de intimidade e conhecimento de Deus, produz problemas sérios e irreparáveis. O melhor é se prevenir. No caso de Apolo, já que o seu conhecimento sobre Jesus era imperfeito e ele era um pregador da Palavra de Deus, pregando sem o conhecimento correto de Deus ele poderia levar os seus ouvintes a firmarem sua fé em suas belas palavras e não no evangelho de Jesus Cristo. Apolo pregava errado por ignorar a verdade, mas muitos pregam errado por querer destruir a verdade. Essas são situações absolutamente diferentes:

1. Os falsos líderes destroem o povo pelo prazer de vê-los na sarjeta espiritual;
2. Os líderes que apenas ignoram a verdade, mas que têm boa vontade e desejo de ver o bem da igreja, após se inteirar da verdade se tornam úteis ao reino de Deus.
Atos 5, a partir do versículo 33, registra o parecer de Gamaliel sobre os líderes cristãos e judaicos. Gamaliel lembra que Teudas e Judas o Galileu, foram líderes populares que se tornaram cabeça de multidões de judeus se dizendo “o Messias”. Depois da morte dos dois líderes seus seguidores os abandonaram. Homens como Teudas e Judas o Galileu existem em nossos dias. São homens que querem fazer de si mesmos homens de autoridade espiritual admirável, prometendo fazer o que os outros pregadores não conseguem. Como eles são uma fraude, seu ensino e os sinais que praticam também são fraudes.
[Vou deixar quatro versículos que mostram o cuidado que você deve ter em relação às pessoas que usam a sabedoria humana e a sua facilidade de transmitir o seu ensino para enganar as pessoas, deixando se passar por pessoas espirituais e especiais. Não deixe sua fé se basear em ensinos de homens assim.

– 2 Tessalonicenses 2.9-12 – “Ora, o aparecimento do iníquo é segunda a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todoengano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitarem-se com a injustiça”.

–   Mt 7.15 – “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. E,  Mt 24.24 – Não acrediteis. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”.

–   Ap 13.11-14 – “Vi ainda outra besta emergir da terra (Ela representa o falso ensino); possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão (Compare com Mt 7.15). Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira bestaopera grandes sinaisaté fogo do céu faz cair à terra… seduz os habitantes da terra por causa dos sinais e os induz a fazer uma imagem à primeira besta”.
Esses textos mostram o cuidado que você deve tomar na hora de firmar a sua fé. Ela não pode se firmar em conhecimentos e habilidades humanas. Essas bases são insólidas e destruidoras. É por isso que Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria”. Paulo não falou bonito para que multidões o seguissem. Ele disse apenas a verdade! Os falsos líderes fazem shows para atrair pessoas e para mantê-las eles as enganam de várias formas. O importante é não deixá-las se dispersar.
Por achar que não fala bonito é que muitas pessoas que poderiam ser ótimos pregadores e úteis ao reino de Deus se encurralam nos cantos. Não se atrevem a falar por medo ou timidez. Se você é um desses tímidos, deixe a timidez e comece a falar o que sabe, da forma que sabe, para quem não sabe. Deus o usará e muitas pessoas serão salvas. Não se deixe enganar pelo erro de pensar que apenas os que têm oratória perfeita é que podem ensinar sobre a Bíblia. Para salvar vidas o evangelho não depende de palavras bonitas e sim de palavras verdadeiras. Todos os que baseiam sua fé nas palavras de homens irão se decepcionar e mais cedo ou mais tarde cairão.
Paulo mostrou que há duas bases onde os homens firmam sua fé: uma errada e uma certa. A segunda base para a fé, que o texto nos dá, é a que tem de ser a base de todos os cristãos, ou seja, é a base certa: O CRENTE TEM DE BASEAR SUA FÉ NO DEUS DA SUA SALVAÇÃO. Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação consistiram em demonstração do Espírito e de poder.


Já ouviram falar do ouro de tolo? Ele é lindo e se parece muito com o ouro verdadeiro, mas é falso. Ele não resiste ao teste de fogo. Assim como outros minerais, evaporam durante o processo de purificação. O ouro de tolo não tem nenhum valor comercial.


Nossa fé é firmada no Deus da nossa salvação. Ele é ouro verdadeiro. Ele suporta qualquer teste de fogo. Homens sábios, cientistas, estudiosos céticos e ateus já tentaram de todas as formas possíveis contradizer a existência de Deus e não conseguiram. Tentaram desmentir as palavras da Bíblia, mas a Bíblia continua trazendo mensagens que recuperam até os mais perdidos dos homens e tem se mostrado o livro mais verdadeiro do mundo. Quando Moisés perguntou sobre o nome de Deus, Deus disse: “Diga que EU SOU”. Deus é! Ele não necessita de ninguém que o defenda ou que prove sua existência. Podemos afirmar como Paulo:“Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo que ele é poderoso”. Também em Efésios 3.20, diz: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos…”. Nossa fé não é firmada em alguém limitado. O Deus de nossa fé é todo poderoso. Nada lhe é impossível e para nós ele pode fazer muito mais, além daquilo que pedimos ou pensamos.


Moisés teve uma tarefa difícil. Ele teve de tirar o povo de Israel do Egito. Para sair de lá Moisés teria de fazer o Faraó crer em suas palavras e o povo também teria de crer para o seguir. Êxodo 4.31, mostra que ao fazer a demonstração dos sinais dados por Deus, diante do povo, eles creram que Deus o havia enviado como libertador. Quanto a Faraó foi diferente. Somente depois de muito sofrimento para os egípcios e a morte dos primogênitos o povo foi liberado para deixarem o Egito. O poder de Deus os salvou.


Os israelitas viram os sinais e mesmo assim não creram. Diante da terra tão sonhada eles cavaram a sua sepultura. Duvidaram de Deus e de seu poder. Não creram que Deus lhes daria a vitória. Se esqueceram que todo o exército e o poder do Império egípcio não foi problema para Deus, e por isso duvidaram que Deus poderia fazê-los vencer os gigantes. Quem não crer em Deus não pode entrar no céu, e não podia também entrar na terra prometida. De 600.000 (Seiscentos mil) homens, apenas dois entraram na terra prometida. Só entraram Josué e Calebe. Eles entraram porque creram no Deus da sua salvação.


Isaías 51.12 diz: “Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?”. Josué e Calebe não temeram aos homens, porque confiaram em Deus. 599.998 (quinhentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e oito) homens não entraram na terra porque sua fé não estava firmada no Deus da sua salvação e por isso temeram aos homens e não confiaram no Senhor. Esse é o problema da base errada de sua fé. A base de sua fé influi diretamente em sua salvação ou em sua perdição. Observe muito bem onde você a está firmando.


Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação consistiram em demonstração do Espírito e de poder”. Paulo tinha todo o seu interesse voltado para a salvação das pessoas. Ele sabia que se elas não cressem corretamente elas seriam destruídas. Sabendo disso ele firmou sua mensagem em duas colunas principais: O Espírito e o Poder.


O Espírito – A primeira coluna usada por Paulo foi a ação do Espírito Santo. Paulo expôs em suas cartas, com muito cuidado e clareza, como é a ação do Espírito Santo na salvação dos homens:
1. Ele mostrou que o Espírito Santo regenera o pecador, que tendo sido gerado novamente, passa a louvar e honrar a Deus;
2. O Espírito Santo sela o salvo. O selo do Espírito Santo é a marca de propriedade de Deus. Uma vez tendo sido selado pelo Espírito Santo a pessoa passa a ser vista, no mundo material e espiritual, como alguém que é propriedade exclusiva de Deus;
3. O Espírito Santo santifica o salvo. O homem é caído por natureza. Ele deseja praticar o mal e o pratica sem necessitar de influência externa. É por isso que o homem necessita do Espírito Santo para a sua santificação, pois o Espírito Santo atua no homem impedindo que ele faça o que é do seu querer. A ação do Espírito Santo impede que o homem peque o quanto desejaria. Ele encaminha o homem à santidade fazendo-o se livrar dos pecados domésticos, sejam graves ou simples, mostrando que toda quebra da lei de Deus merece condenação e ele o está encaminhando para a salvação.
4. O Espírito Santo glorificará o salvo. No último dia, quando Cristo aparecer nos céus, com toda glória, o Espírito Santo glorificará os salvos. Eles serão manifestados, terão seus corpos transformados em corpos de glória e terão acesso aos céus. Essa glorificação será ação do Espírito Santo em nossas vidas.
5. O Espírito Santo concede dons ao homem para que trabalhem na obra do Senhor. O homem recebe a capacitação necessária e meios para propagar a mensagem salvadora que ele mesmo recebeu. Os dons são usados na edificação da igreja e quando o homem os usa com responsabilidade e zelo o próprio Deus o agracia com mais dons para que continue a trabalhar.

Com a certeza dessa atuação do Espírito Santo o homem se vê seguro da salvação recebida de Deus. Saber que o Espírito Santo age em mim para que eu seja salvo é uma coluna que sustenta minha fé e me dá segurança e certeza de que serei recebido na glória de Deus. Essa é uma base segura para minha fé.


O homem é cheio de si. Ele gosta de dizer que é responsável por suas vitórias e teria todo o prazer de dizer que foi salvo porque foi fiel a Deus, porque obedeceu a Deus em tudo e com sua obediência conquistou o direito de entrar nos céus. Nesta linha de raciocínio entra alguns ramos da teologia retributiva, que garante que o homem não é salvo pela ação do Espírito Santo, mas por escolha própria, por decisão interior do homem que desejou a salvação, lutou por ela, foi fiel e a garantiu com seus próprios esforços. Para eles o homem faz por merecer a sua própria salvação.


Paulo destrói essa empáfia humana ao mostrar que o homem é salvo pela graça e misericórdia de Deus; Que nenhum dos atos humanos são capazes de garantir a salvação ao homem; Que até a fidelidade demostrada pelos homens é fruto da ação de Deus, e portanto, sem méritos para eles; Mostra que o homem estava completamente perdido e desesperadamente corrompido, sem nenhuma esperança de salvação, e que, com a ação de Deus em sua vida, através do Espírito Santo, o homem passou a ter a certeza da esperança da glória. Resta ao homem ter atitudes humildes e gratas ao Deus salvador por ter-lhe assegurado a salvação eterna em Cristo Jesus.


Essa é uma base sólida para sua fé. Paulo fez questão de firmar a fé de seus ouvintes na ação do Espírito Santo, pois se os homens confiarem em sua própria fidelidade, todos estarão perdidos e logo abandonarão as igrejas, pois perceberão que são propícios ao pecado, seja por palavras, pensamentos ou por obras. O homem que confia em si mesmo cai. O homem que confia na ação salvadora do Espírito Santo, mesmo que um dia venha a cair, se levantará, confiado no amor e no propósito de Deus e continuará sua caminha rumo aos céus.


Outra coluna deixada por Paulo que firma a fé dos salvos no Deus da sua salvação é O Poder – Paulo sabia que as pessoas necessitam se sentir protegidas. Se elas se sentirem desprotegidas elas vão procurar outro lugar mais seguro para se protegerem. Então, ele também baseou sua mensagem no poder de Deus. No estudo passado eu citei o caso de uma quase mãe de santa que se converteu por escolher servir a quem tem mais poder. Não adianta se proteger nos braços de alguém derrotado. Saber que está protegido por braços vitoriosos dá segurança. Pedro fez o mesmo que Paulo, ao afirmar: “Vós sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1 Pedro 1.5). Jesus também o fez quando, além de perdoar o paralítico, mandou que ele andasse, dando ao povo uma grande demonstração do seu poder.


Moisés, sempre que ia se dirigir ao povo para cobrar ânimo e fidelidade do povo ele iniciava sua fala lembrando que Deus é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, ou seja, é Deus o que se importou em salvar os antepassados deles. Depois Moisés os lembrava das demonstrações do poder de Deus diante dos seus olhos. Os pais israelitas eram obrigados a ensinar aos seus filhos sobre os poderosos feitos de Deus. Pedras foram amontoadas e colunas foram erigidas para lembrar ao povo o poder de Deus. Para que tudo isso? É que o homem facilmente se deixa influenciar e passar a temer as demonstrações do poder do inimigo. Se não estiverem firmes de que o Deus da sua salvação tem todo poder, facilmente se deixarão derrotar pelo inimigo.


Jesus fez o mesmo para sua igreja. Ele mostrou que não necessitamos temer a ninguém. Sua igreja nascente poderia se enfraquecer diante do poder do Império Romano ou das perseguições dos judeus. Para isso não acontecer Jesus disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. Todos os reinos e povos estavam debaixo do poder de Jesus Cristo. Sendo assim, então, não havia nada a temer.


Numa noite, eu ainda era solteiro, saí de carro, um Opala Comodoro, e o deixei num estacionamento. Fiquei preocupado porque a porta do lado do motorista e o vidro não estavam se fechando. A máquina do vidro estava com defeito, deixava o vidro solto e se qualquer um se apoiasse nele ele descia e o carro ficaria aberto. Saí e deixei o carro aberto. Quando voltei, o porta malas tinha marcas de arrombamento sem sucesso para o ladrão. O vidro da porta do carro estava cheio de marcas dos dedos do bandido que tentara fazê-lo abrir. E a porta aberta não fora aberta. A tentativa de roubar meu carro foi frustrada por alguém que me protegeu. Deus guardou o meu carro. O vidro com defeito, a porta que estava destrancada e o porta malas permaneceram fechados porque Deus assim o desejou. Não existe nenhuma outra explicação para isso. Não quero dizer com esta história que seu carro nunca será roubado. Quero sim, afirmar que se Deus quiser protegê-lo, ele tem todo poder para fazer isto. Nada lhe é impossível e, portanto, podemos confiar totalmente nele.  


Paulo sabia a importância de colocar sua mensagem firmada nessas duas colunas principais – O Espírito e o Poder de Deus. Se crentes duvidarem do poder de Deus se enfraquecerão diante do inimigo e serão covardes em enfrentá-lo. Desse modo o inimigo fará o que bem desejar dentro da igreja e na vida dos servos de Deus. Mas se a igreja estiver firmada no poder de Deus o inimigo temerá, pois não terá ousadia de enfrentar aqueles que estão seguros pela mão poderosa de nosso Deus.  É por isso que Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação consistiram em demonstração do Espírito e de poder.

No final do versículo Paulo mostra a razão de dar aos crentes a base correta para sua fé, ele diz: “para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus”.
Esse para que”, usado por Paulo, indica que suas atitudes foram realizadas com propósito. Nenhum agricultor planta uma roça de milho e quando está prestes a colher solta o gado para que a destrua e dela nada se aproveite. Pelo contrário, ele cerca a roça e cuida para que sua plantação produza muitos frutos e todos eles sejam aproveitados por ele no seu sustendo ou na comercialização deles. Do mesmo modo, Paulo não iria fazer as três viagens missionárias, sofrer tantas privações, açoites e prisões para pregar o evangelho e depois de ver o trabalho produzindo frutos deixar que tudo se perdesse. Por isso ele mostrou aos cristãos que tinham de ter uma base sólida para sua fé e a base correta era o Deus de sua salvação, que atua na vida dos crentes através do Espírito Santo e da manifestação do seu poder infinito.
O evangelho é encontrado de Gênesis ao Apocalipse. Em Gênesis 3.15 encontramos o primeiro, ou proto evangelho. Nele é prometido que da mulher nasceria um descendente que traria salvação para os homens. Nos livros seguintes encontramos o evangelho através das manifestações salvadoras de Deus na vida do seu povo. Todos os que foram salvos no passado, que são salvos hoje e que serão salvos no futuro, o serão por crer no evangelho e o evangelho tem bases sólidas. Ele é firmado na ação Salvadora de Deus através do meio utilizado por ele para fazer sua salvação chegar aos homens que ele quer salvar – Jesus.
Os profetas falaram da importância de se confiar no poder de Deus. Isaías, no capítulo 56.1,2, diz: “…A minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que nisto se firma…”. Encontramos a cobrança da confiança do homem no poder salvador de Deus. Aqueles que não confiaram no Senhor foram e serão destruídos, mas aqueles que creram no poder salvador de Deus foram e serão salvos. O versículo diz: “Bem-aventurado o homem que nisto se firma…”. Ou seja, feliz o homem que tem a sua fé firmada na Rocha. Ele é como a casa construída sobre a rocha. Essa casa sobrevive as mais terríveis tempestades.
Irmãos, o tema desse estudo foi AS BASES DE NOSSA FÉ. Paulo deu duas bases onde você pode se firmar: uma errada e uma certa. Vimos que a base errada é ALICERÇAR A FÉ EM PALAVRAS BONITAS DE HOMENS SÁBIOS. Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria”.
Ele mostrou que o correto é BASEAR SUA FÉ NO DEUS DA SUA SALVAÇÃO. Paulo disse: “A minha palavra e a minha pregação consistiram em demonstração do Espírito e de poder.  Paulo baseou a sua argumentação sobre duas colunas principais: O Espírito Santo e o Poder de Deus.
A sua argumentação foi “para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. A base errada de uma construção pode levá-la à ruína, do mesmo modo, uma base errada de sua fé pode levá-lo por caminhos de perdição. Pare e pense sobre onde você está firmando sua fé. Veja se sua fé tem bases sólidas para suportar as tempestades da vida ou ela se baseia em filosofias e em homens com boa oratória e capaz de emocioná-lo. Cuidado, pois “o fim da vossa fé é a salvação da vossa alma” (1 Pedro 1.9). Se sua fé estiver em bases erradas, o resultado poderá ser “a perdição de vossa alma”. Cuide-se!

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